Felicidade

Felicidade.

Sim, felicidade.

E esse e-mail é longo, como você irá reparar.

Demorei um pouquinho a mais para escrevê-lo. Vai ficar para mim também e para você (pretensão a minha, né?)

Mas já nos considero amigos, a essa altura do campeonato, se você não me chutou para fora da sua caixa postal, então posso te pedir licença e ser piegas um pouco e falar de felicidade com você.

Sim, falarei de felicidade.

Não porque eu seja a pessoa mais feliz do mundo, mas decorridos mais de 50 anos da minha vida, depois de quebrar 4 vezes, passar por um divórcio e perder meu pai muito cedo, posso tentar te contar o que encontrei nos meus estudos e na experiência, em busca de uma vida mais plena e principalmente, sem culpa.

E antes disso também, não usarei as últimas pesquisas dos cientistas que tentam decodificar esse sentimento tão desejado e tão fugaz, para argumentar os motivos de você usar uma lista de tarefas para ser mais feliz, mesmo apresentando algumas fontes.

Mas não há como narrar o que eu penso sem algumas âncoras que me prendem em lugares segurose muitos próximos do que penso ser feliz.

Vamos lá.

1. Tentar esticar o tempo

Em primeiro lugar: A vida tem passado muito rápido, com você já sabe. Sim, as semanas estão voando.

Um cafezinho adicional para esticar uma conversa prazerosa, um olhar mais atento no olhar do outro, uma gargalhada com um amigo, todos esses, eternizam simples minutos.

Parar o filme ou a série no meio e debater com sua companheira o que está acontecendo, eternizam simples minutos. Só vale se ao final dos mini debates, antes de voltar ao filme, você disser a ela: “Você não está entendendo nada!” só para acalorar um pouco o ambiente. Sim, é necessário chacoalhar um pouco as coisas…

Um projeto, um texto, um novo produto, uma campanha, um novo design… tudo isso pode esticar o tempo para você, se alterar o ângulo de visão que você deita para esses assuntos. Sim, é necessário um olhar deitado, calmo, sereno e pausado. Somente assim você estica o tempo.

Coisas novas e experiências esticam o tempo. Não digo para você ir a Boituva/SP pular de paraquedas (o que seria muito bom também) , nem degustar escargot, mas você pode experimentar novos restaurantes, caminhos, amizades, livros, tipos de filmes e viagens também. Mudar a rotina estica o tempo.

Esticar o tempo pró-ativamente, de forma deliberada, passa a sensação de felicidade, porque você olha para o seu dia e percebe que ele teve densidade e situações nas quais você esteve por completo.

Seu dia será uma soma de momentos percebidos. Sua semana passará rápido, mas não despercebida.

Esticar o tempo é estar mais perto da felicidade.

2. Ser grato

Quando você agradece a alguém, a Deus ou a você mesmo, acontece o seguinte: “bandeira branca” na sua visão interna das coisas. Você diz a si mesmo “Está tudo bem! Estou recebendo algo bom. Estou enxergando essas coisas boas a ponto de agradecer por elas.”

Com isso seu corpo para de lutar, pois você está dizendo a ele: “Está tudo bem, coisas boas estão acontecendo.”

Agradecer é um inequívoco sinal de reconhecimento e humildade. Não há outro par mais poderoso para trazer você para a pueril realidade de nossa insignificância perante a Deus, ao Todo.

Você relaxar e reconhecer seu papel perante o Todo é ser grato. Grato por ter uma vida, faculdades mentais intactas e capacidade produtiva. Não é necessário mais do que isso para você buscar sua felicidade.

Portanto ser grato é estar mais perto da felicidade.

3. Estar com semelhantes

Ter e dar afeto é o alimento d’alma. É estar muito, muito próximo da felicidade. Diria que, encostando na felicidade.

Por semelhantes quero dizer pessoas que você tem afinidade, histórico, amizade, laços familiares, tudo isso junto e misturado.

Quando você se vê a volta com seus semelhantes, cresce a sensação de pertencimento, de estar fazendo parte de algo maior, uma engrenagem que sincronizada funciona para o todo.

Entra aí o afeto humano. Tão necessário quanto o alimento, o sono e ar que respiramos. O afeto tem diversas matizes, desde uma singela consideração até um forte abraço.

Ao mesmo tempo gostar da própria companhia e sentir-se bem quando está sozinho. Curtir a você mesmo. Ser afetuoso consigo mesmo.

Receber e dar afeto é estar mais perto da felicidade.

4. Fazer o bem

Sem permutas implícitas, fazer o bem é ajudar aos outros. É dar seu tempo, seu dinheiro e sua energia para quem mais precisa.

Não é uma atitude natural do ser humano. A ergonomia social demanda que nos dediquemos àqueles que terão algo a nos dar em troca, mesmo que esse algo seja o afeto.

Quando você se predispõe a ajudar uma pessoa, está implicitamente “dizendo” ao seu intelecto interno que está em plenas condições a ponto de se dedicar a algo que não trará recursos adicionais para sua sobrevivência.

Algo inexplicável acontece que ainda estão por descobrir qual seria o neurotransmissor responsável pela sensação de plenitude que sentimos quando sabemos que estamos fazendo o bem.

Fazer o bem é ser feliz.

5. Desafiar seu intelecto

Estudar, aprender, criar novas sinapses, elaborar novos modelos mentais e depois colocar em prática o que aprendeu e ver sua nova obra é sentir felicidade.

6. Comer

Os primeiros goles de uma cerveja gelada, a primeira garfada da macarronada ou mesmo o naco daquele doce de paçoca do Amor aos pedaços… todos são felicidade pura.

Gol do São Paulo aos 45 minutos do segundo tempo, virando o jogo contra o Corinthians é a felicidade em seu estado mais puro.

Estava indo bem,né? Sei que agora chutei o balde para 80% dos meus amigos leitores..

Meu saudoso pai era corinthiano. Quando voltamos ao Brasil em 1974 ele me levou para experimentar o refrigerante de Guaraná e lembro como se fosse hoje, ele me dizendo, sentados à mesinha da padaria..: “Nós gregos, temos que torcer para o Corinthians aqui no Brasil… porque a palavra tem origem em Corinthos, nossa cidade grega…”

Mas eu cai de paixão pelo São Paulo, depois de ver um gol de falta de Pedro Virgílio Rocha (o Verdugo) camisa 10, com o narrador gritando… gol, gol, gol do São Paulo… Pedro Rocha… gol do São Paulo. Fez click. Assumi o São Paulo como meu time e persigo meus momentos (raros) de felicidade com o futebol, desde então.

Enfim vamos voltar a comida, que é melhor..

Comer sem culpa é o grande desafio. Para tanto entra em cena a disciplina. Você se priva 95% do tempo e deixa 5% para pura felicidade: comer o que quiser, sem culpa (uma vez que pagou o preço da privação).

7. Ter disciplina

Privar-se dos prazeres imediatos como comer um doce, procrastinar, uma cervejinha no meio de semana é uma forma de disciplina que as pessoas aplicam para sentirem-se mais felizes consigo mesmas.

Mas essa disciplina tem um limite. Uma vida cheia de objetividade e sem esses prazeres é muito chata. Devemos nos permitir certas indulgências momentâneas que são gratificantes.

O desafio está no equilíbrio. Talvez o maior desafio de todos.

Ainda assim, no geral, as pessoas mais felizes tendem a sacrificar mais os prazeres a curto prazo quando existe uma boa oportunidade de progredir em direção ao que elas desejam ser na vida.

Falar “não” é essa boa oportunidade de progredir.

—–

Martin Seligman (Associação americana da psicologia), Daniel Kahneman e principalmente o estudo da Universidade de Harvard (Study of Adult Development) sobre felicidade são fontes de estudo de pessoas que têm se dedicado a dar uma resposta sobre essa pergunta que todo ser humano busca:

Como ser feliz?

Segundo todos eles, é saber lidar com os contratempos e tristezas inevitáveis da vida.

É o sistema imunológico da felicidade. Saber lidar com as frustrações e recuperar-se com as catástrofes da vida. Desapegar é a chave. O cérebro se adapta rapidamente para continuar energeticamente atuando no meio ambiente.

Dinheiro compra felicidade? Influencia até certo ponto, até o ponto que suas contas estão pagas e você não se sente pressionado e sendo cobrado.

Se você tem saúde, educação e segurança o suficientes para não serem fonte de preocupação, então está tudo ok.

Miséria traz infelicidade. Isso é fato. Agora, bens materiais não trazem felicidade. Podem liberar oxitocinas no ato da compra e alguns minutos depois, mas em algumas horas tudo volta ao normal.

Amizades verdadeiras trazem felicidade. Contato humano e afeto são atávicos. É importante ter laços com as pessoas. Uma rede de afeto.

Ser grato emana energia positiva. A ciência comprova que se você conectar com a satisfação, você obrigatoriamente pensa nas boas coisas que te aconteceram e você fica mais feliz.

Isso explica o porque muitas pessoas ostentam seus momentos mais felizes.

Bem, esse é meu pequeno arrazoado sobre a felicidade e sentir-se feliz.

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Stavros Frangoulidis
 

Stavros é o fundador da PaP Solutions, professor da cadeira de "Prospecção de Clientes" da ABEMD e um dos idealizadores do The Client Door. Seu foco está no conhecimento prático - trazendo o par tecnologia+marketing a serviço de uma excelente gestão de vendas com foco em captação e fidelização de clientes.

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