Um Jacaré na praia de Santos

Faz alguns dias que um vídeo com um animal parecendo um jacaré comendo algo na orla de uma praia apareceu na minha timeline do Facebook com a legenda “Genteeemmm, olha esse vídeo!! Acharam um jacaré na praia de Santos!!”

O absurdo era tamanho que fiquei indagando como isso era possível. Até passou pela minha cabeça que pudesse ser verdade, mas era tão inusitado que apesar da “evidência”, simplesmente não era possível.

E nesse Domingo no programa Fantástico, desvendaram o mistério entrevistando o autor do vídeo que na verdade filmou um crocodilo em uma praia da Costa Rica. Algumas pessoas fizeram o resto, que foi divulgar como sendo um jacaré na praia de Santos, no Rio de Janeiro etc

Ufa… que alívio. Não era verdade, pelo menos em parte.

Só que não.

Há muitos outros vídeos mostrando gente que foi literalmente engolida por baleias na orla da praia, outros que toparam com tubarões em meio metro de profundidade, outros mordidos por raias e outros ainda que se afogaram puxados pela correnteza. Esse do “jacaré” era mais um da mesma categoria.

Os vídeos do “medo”. E há muitos, mas muitos que caem nesse mesmo tema.

Independente se o motivo é real, o medo o é.

Tenho a impressão que atualmente vivemos uma época onde o medo e a insegurança imperam como principal sentimento da sociedade.

Tenho 52 anos e cresci brincando na rua. Naquela época não havia a palavra bullying. Aliás o que hoje é conhecido por bullying era o mais comum, quase obrigatório. Todos tinham apelido. O meu era girafa, ou caniço… ah e poste também. Os mais fortes subjugavam os mais fracos e havia briga quase toda semana na escola ou na rua.

Aliás quando me alfabetizei na Grécia, meus primeiros 4 anos, apanhei muito. A palmatória e os puxões de orelha faziam parte da cartilha educativa.

Você ficava com medo, mas ia. Entrava de cara e enfrentava a situação, qualquer que fosse. E olha só… Cá estamos.

Depois que vieram meus dois filhos, eu não suportava a hipótese dos meus filhos sofrerem um décimo pelo que eu passei, por isso não critico quem superprotege seus filhos, pois fui um.

Mas hoje percebo que o medo de quase tudo paraliza latentes talentos. Vejo pessoas com medo de dar um primeiro passo, de olhar para trás, de olhar para a TV e para os vídeos no Youtube. E ficarem paralisadas.

Meus pais foram imigrantes europeus. Vieram para cá, como milhares de outros, com a roupa do corpo. Construíram famílias e empresas.

Tinham medo? Acredito que sim. Mas de alguma forma isso não os impediu de fazer, de se movimentar, de quebrar inércia, de dar a cara.

E voltando um pouco ao Jacaré na praia de Santos e todas as outras coisas que temos medo (começar algo novo, mudar de emprego, abrir um negócio, casar, separar, ter filhos, ser criticado, criticar) acredito que o medo do sucesso é o pior.

Medo de progredir e ser o diferente. É esse o medo que sabota sua iniciativa e sabota seu caminho. Porque no Brasil se você é bem sucedido, das duas uma: Seu pai é rico ou você roubou. Então é melhor viver pagando as contas, que tá bom não é mesmo?

Não, é claro.

Os “Jacarés de Santos” estão na nossa cabeça. Entre com tudo no mar e na vida.

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Stavros Frangoulidis
 

Stavros é o fundador da PaP Solutions, professor da cadeira de "Prospecção de Clientes" da ABEMD e um dos idealizadores do The Client Door. Seu foco está no conhecimento prático - trazendo o par tecnologia+marketing a serviço de uma excelente gestão de vendas com foco em captação e fidelização de clientes.

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