Zona do desconforto

Há alguns anos decidi incluir algumas rotinas de desconforto no meu dia a dia.

Inspiração veio de um amigo, o Ricardo, que tinha me contado que todos os dias acordava às 5 da manhã para andar, faça chuva, faça sol. Ricardo ainda trabalhava, tinha família e estudava à noite.

Uau!

– Mas você não fica cansado durante o dia? – perguntei, obviamente.

– Fico, graças a Deus – respondeu-me ele com um sorriso.

Uau-2!

Que inveja!

Procurei saber com o Ricardo o que ele pensa e seus modelos mentais para transitar na zona do desconforto com essa proficiência. Qual era sua técnica?

Primeiro. Ele tinha claro que pequenas atitudes diariamente fazem uma grande diferença a longo prazo.

Falou-me de hábitos ruins que começam sempre muito devagar mas sempre em uma crescente.

“Quando você entra na zona com conforto, você entra devagar. Você começa se permitindo pequenas agressões “gostosas” mas com o passar do tempo, te fazem mal.”

“Por exemplo:”, disse-me ele:

“Eu me permitia 2 vezes por semana tomar uma cerveja. Depois virou dia sim dia não, depois virou todos os dias.

Eu me permitia pequenas coisas mas que foram tomando espaço na minha rotina diária sem eu perceber: navegar em redes sociais, xingar no trânsito, chegar atrasado no trabalho, assistir seriados, comer fast food e outros pequenas transgressões.

Estava bom? Não. Não me sentia bem. Sentia-me cansado.

Tá ruim, mas tá bom. Tenho meu emprego, minha família e o jogo do Santos todas as semanas. Tá bom, vai.

Esse era meu pensamento.

Tá ruim, mas tá bom. Esse é o pensamento mestre que te suga na zona do conforto.

Aí, Graças a Deus, um dia acordei disposto a mudar. Fui ao trabalho, depois ao curso e quando voltei preparei meu agasalho pois acordaria mais cedo no dia seguinte.

E assim comecei a incluir hábitos devagar, devagar.”

Bastou essa dica.

Preparei uma planilha com todos os hábitos que gostaria de incluir na minha vida e aqueles que eu gostaria de eliminar.

E a estratégia era: Começar devagar, devagar, mas todos os dias. Esse era o acordo comigo mesmo.

Por exemplo. Tomar banho frio todas as manhãs.

Além de ser um hábito excepcional em termos de benefícios seria um recado logo na primeira atividade do meu dia, que não entraria na zona do conforto, muito pelo contrário.

Qual foi a técnica.

1. Comecei tomando banho normal com água quente e fria, como estava acostumado.

2. Fechei a torneira do quente deixando somente a água fria e contei até 5.

3. O desconforto é grande. Você fica se debatendo debaixo do chuveiro e gritando.

4. Aí voltei a água quente.

5. Dia seguinte repete, mas aumenta a contagem até 10 e no próximo, até 15, depois 20 e assim por diante.

Em 15 dias eu estava tomando banho gelado todos os dias.

Aí ataquei outro hábito, o jejum intermitente. E depois outro, o de beber 2 litros de água por dia.

Montei a minha zona de desconforto e entrei de forma planejada antes que a vida me jogasse em uma inesperadamente.

Falo da zona de desconforto em meus cursos e livro:

Curso para prospectar clientes corporativos: http://tracking.papsolutions.net/cpc-006

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Stavros Frangoulidis
 

Stavros é o fundador da PaP Solutions, professor da cadeira de "Prospecção de Clientes" da ABEMD e um dos idealizadores do The Client Door. Seu foco está no conhecimento prático - trazendo o par tecnologia+marketing a serviço de uma excelente gestão de vendas com foco em captação e fidelização de clientes.

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