Críticas
Certa vez um aluno me perguntou:
“Como lidar com as críticas e os haters quando produzimos muito conteúdo?”
Ignore-as. Argumentos:
Gandhi foi criticado, Nosso Senhor Jesus, Madre Teresa de Calcutá, Chico Xavier. Você não será?
Se você responder às críticas, abrirá uma guerra. Você tem tempo para ficar argumentando com pessoas e assuntos que não te levarão a nada?
Ignorar uma crítica tem dois efeitos: Primeiro você economiza seu tempo e mantém sua distribuição energética naquilo que agrega valor para você e para suas pessoas. Segundo: Você não se adrenala. Sabe adrenalina, que jorra quando discutimos com alguém? Pois é, esse estado te exauri.
Método: Ancoragem e disrupção. Você ancora em seu auto-controle, por 10 a 20 segundos e não reage. Disrupção, significa quebrar um padrão esperado. É sua chance de deixar seu crítico no vácuo e ele parar de te encher o saco.
Vamos um pouco mais a fundo no tema.
Você, eu e todos somos críticos também. Uma vezes com razão, outras sem. Criticamos uma empresa que mal nos serviu ou uma pessoa que nos desrespeitou de alguma forma.
Algumas vezes criticamos alguém que falou uma besteira (sob o nosso ponto de vista) ou alguém que acredita ou idolatra um imbecil. Tudo isso nos incomoda e dependendo da liberdade e estado de espírito, criticamos essa pessoa.
Outras vezes, sentimos inveja de alguém e de alguma situação.
“Ahh eu não sinto inveja de ninguém.” Calma, relaxa. Todos sentimos, é humano. Uns sentem muito e são doentes. Outros menos. Faz parte querermos algo que não tem temos e que vemos nos outros.
Eu sinto inveja. Queria ter o corpo do Brad Pitt. O cara tem minha idade (tem um ano a mais) e zero de barriga. Ele pode usar uma camisa dentro da calça e a situação toda fica em uma vertical perfeita. Inveja!!
E daí? Faz dieta pooooorra! Passa fome e não enche o saco. Mas não é por isso que fico com raiva de quem não tem barriguinha e que na primeira oportunidade vou criticar essas pessoas.
Mas há muita gente que por inveja (do status, do dinheiro, da inteligência, do cargo, do texto, da roupa, da fé, enfim) destrata os outros. Faz críticas negativas, inventa e mente com um único objetivo de atingir o outro.
São pessoas medíocres, com baixa autoestima, que têm inveja doentia do que o outro conseguiu alcançar. A crítica e a calúnia é a sua forma de desafogar a inveja e uma tentativa de recuperar a sua autoestima reduzindo a do outro.
Esses você ignora completamente. Deixa falando.
E quando quem nos critica está dentro de casa, dentro da empresa ou dentro da sala de aula?
Primeiro. Aceite. Críticas são normais e algumas delas são válidas.
Não há essa coisa de crítica construtiva. O que é crítica construtiva? Aquela que ajuda o outro? Que pretensão e arrogância! Então você parte do princípio que está em posição tal qual pode criticar alguém uma vez que você no seu arauto da perfeição pode corrigir os outros, é isso?
Pense um pouco.
Um aluno, um filho, um colega está procedendo de forma equivocada. Você irá criticar sua atitude para corrigi-la? Ou você lhe dirá e mostrará o método correto de fazer?
Então elimine esse papo, de crítica construtiva.
Simplesmente chegue e fale o que você QUER que seja corrigido. É sua obrigação como pai, mãe, professor, chefe ou autoridade.
Agora ficar dando pitaco em algo que você não tem nenhuma autoridade, é um exercício de bobocas.
Enormes discussões sobre direita e esquerda, sobre futebol, preferências sexuais, religião. Para mim, todos são formas de expor raiva e indignação pela sua auto-imagem e uma evidente necessidade de rebaixar os outros. Papelão.
Muitos amigos meus se manifestam frontalmente contra aquilo que acredito. Dá uma enorme vontade de escrever “seu boboca” nos comentários. Mas não o faço. Essa vontade está simplesmente no fato da minha intolerância (essa sim, boboca) em confrontar modelos de pensamento diferentes do meu.
Entendi que é uma tendência natural criticar os modelos mentais dos outros. É um sentimento atávico. Não controlamos. Podemos controlar as nossas reações a esse sentimento.
As tribos para se formarem com a menor fricção social possível criaram mecanismos de estimular a juntada dos “iguais”. Como ficaria nossa tribo se eu acredito que ficar rezando o dia todo fará com que búfalos entrem no nosso forno de assar e você acredita que alguém tem que sair para caçar? Não ia dar certo.
Portanto, modelos mentais e crenças parecidas (todos resumidos na palavra cultura) são imprescindíveis para o bem estar da coletividade. Quem pensa diferente passa a ser uma ameaça (subconscientemente). Daí a crítica e o mal estar quando ouvimos uma bobagem (sob o nosso ponto de vista).
Com o advento da internet e a tal liberdade de expressão, a maioria dos jovens entrou no modo “Concordo” | “Não concordo”. Nós também quando jovens, mas não havia essa ilusão que nossa opinião exposta nos traria essa impressão que somos mais importantes.
Então relaxe: Quando alguém te criticar, te detratar, mentir ao seu respeito, saiba que é esperado, é humano, é desconfortável mas passa. Como um peido. O dos outros é ruim demais.
Esses dias ficou martelando em minha cabeça se respondo ou não a um lead nervosinho (ele queria ser atendido em 15 segundos e nós o atendemos em 20 minutos).
Se eu respondo entro nessa babaquice. Mas pelo menos tiro esse grito do peito. Hahahahaha
Se não respondo, mantenho o autocontrole, reservo minha energia para coisas importantes e sufoco minha vontade de dar um tapa nesse imbecil do $%ˆ#@$%ˆ&.
Decidi sufocar a vontade. Agora fico pensando se isso não vai dar naquela situação que você passa vontade de comer um pedaço de pizza, passa outro até que você pede duas pizzas família e as devora com 1 litro de coca cola.
Que coisa humana, meu Deus.
Acabei de ver o cara em um terno fininho. Que filha da puta… Poooorra vai fazer dieta, Stavros!
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