Convivendo melhor com os outros

Empatia é a capacidade de compreender o sentimento ou reação do outro imaginando-se nas mesmas circunstâncias.

Muitos de nós já vem com esse “componente de fábrica”, mas para a grande maioria essa é uma habilidade que precisa ser exaustivamente trabalhada.

Requer empenho e até que se torne um hábito, algo automático, pode levar um bom tempo, mas uma vez colocada em prática, os resultados são muito positivos pois refletem diretamente à alma.

Praticando a empatia

Quando nos empenhamos em melhorar nossa habilidade de ter empatia:

  • Ficamos mais dispostos a tratar o outro da mesma forma como gostaríamos de ser tratados;
  • Entendemos melhor as necessidades do outro;
  • Entendemos melhor como nossas palavras e atitudes podem ser interpretadas pelo outro;
  • Entendemos melhor a necessidade dos nossos clientes e colegas de trabalho, amigos e familiares;
  • Teremos mais facilidade para lidar com conflitos interpessoais na vida profissional e pessoal;
  • Conseguimos prever com mais clareza as ações e reações do próximo;
  • Aprendemos a motivar as pessoas com as quais convivemos;
  • Nos tornamos mais convincentes ao expor nossas opiniões, pensamentos e modo de entender determinado assunto;
  • Descobrimos que dá para olhar uma mesma situação de vários ângulos e que o outro ponto de vista também deve ser considerado;
  • Perceberemos que o melhor caminho para lidar com o pessimismo de alguém é procurar entender suas dificuldades, medos e inseguranças.

Por isso, quando me encontro em um conflito com uma pessoa da família, colega de trabalho ou até com uma pessoa de raro contato, procuro me colocar no lugar dela  e compreender seus atos e sentimentos…e percebo naturalmente o clima se harmonizando.

Isso nos torna melhores amigos, melhores profissionais e melhores seres humanos.

Seja um bom ouvinte

É comum em discussões mais acirradas, uma das partes expressar seu ponto de vista de maneira mais impositiva, antes mesmo que o outro tenha concluído seus pensamentos ou posição. Quem já não se comportou dessa maneira em alguma situação?

Quando exercitamos nosso lado ouvinte, dando a merecida atenção ao que nos está sendo dito, nos damos a oportunidade de compreender melhor o outro lado da história. Muitas vezes o contato mais frequente do nosso interlecutor com determinada situação/dificuldade o credencia a falar com propriedade sobre um assunto.

Precisamos entender exatamente o que nos está sendo colocado/solicitado antes de expressarmos nossas próprias opiniões.

É preciso ter sensibilidade na percepção dos detalhes, pois não são raras as vezes em que uma parte bastante importante da mensagem é deixada nas entrelinhas.

Perceba o que acontece à sua volta

Uma boa maneira de exercitar a Empatia é prestar atenção ao que acontece com as pessoas que estão à sua volta.

  • A partir das suas expressões o que deve estar passando em suas cabeças?
  • Quais serão suas preocupações, expectativas, anseios, medos e sonhos?

Entendendo nossos adversários

Em situações de conflito nem sempre uma opinião está certa e outra errada. As duas podem estar certas, mas vistas de pontos de vista opostos podem parecer erradas.

Acredito que o mais inteligente em momentos como este é ter calma para analisar com imparcialidade quais fatos fizeram o outro formar aquela opinião. E o fato dele pensar diferente ou apontar uma falha não o torna um inimigo.

Como você reagiria diante de um confronto de opiniões?

Considerando que o seu ponto de vista sobre um assunto é o mais coerente, como “ativaria” no outro o sentimento de empatia? Que método utilizaria para que num próximo debate todos se sentissem confiantes e confortáveis para exporem suas opiniões?

E se percebesse que a opinião do outro tem tanta coerência quanto a sua?

Ser imparcial, ser capaz de tratar essa (a sua) ou aquela (a do outro) opinião sem privilégios requer exercício e não é fácil, mas ao conseguirmos colocar em prática, diminuímos o nível de frustração e ansiedade diante de algumas questões.

Ficando no lugar do outro

Desapegar-se da certeza de que “eu sei do que to falando” e posicionar-se no lado oposto não é tão simples, mas possibilita compreender melhor as preocupações, necessidades e expectativas do outro.

Criar um “conflito imaginário” e tentar se colocar alternadamente dos dois lados da situação é um bom exercício, pois permite uma visão mais ampla para avaliar melhor certos detalhes.

E é sempre bom lembrar que o Certo e o Errado muitas vezes é relativo. Frequentemente percebemos que ele se alterna dependendo do ponto em que está sendo visto.

Portanto, diante de uma disputa de interesses e ideias, “tire os seus sapatos e calce os sapatos do outro”. Talvez isso ajude a entender melhor onde é que dói o pé. Isso é Empatia.

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Luciene Gutierrez
 

Luciene é especialista na prospecção regionalizada de clientes, elaboração de projetos de relacionamento B2B e fomento comercial (e-mail: [email protected])

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