Interrupção

Se você precisa vender, precisa interromper as pessoas.

Chamamos essa interrupção de abordagem na prospecção.

Não confunda essa abordagem com SPAM.

SPAM é enviar mensagens (não solicitadas) em massa, genéricas, gravadas ou escritas, por meio eletrônico.

Já em prospecção, essa abordagem é feita individualmente, pessoa a pessoa, por meio do telefone, e-mail ou mesmo presencialmente com uma oferta específica.

Interromper pessoas causa mais desconforto para a gente do que para a pessoa que interrompemos.

Isso porque há uma confusão de papéis: Colocamo-nos no lugar do prospect e sentimos o quanto a maioria das vezes é chato ser interrompido por uma ligação de vendas e assim queremos evitar ser essa pessoa que liga.

É uma sensação inevitável, principalmente para quem está começando na carreira.

Mas os mais experientes sabem que estão prestando um serviço para o mercado comprador. A abordagem prospectiva é início de todos os negócios.

Esse aparelho que você está usando agora para ler esse artigo, esse smartphone ou notebook, foi comprado em uma loja e alguém literalmente abordou essa loja para colocar o produto lá.

Todos os negócios de mercado começam com alguém abordando um potencial cliente para dar o primeiro passo para um negócio. Todos.

E na base estão os negócios B2B. Os produtos e insumos primeiramente transitam entre empresas antes de chegarem na ponta de venda.

Por dedução, saber prospectar empresas é um fundamento que todos que trabalham com vendas e marketing deveriam dominar ao máximo.

Uma boa parte sabe disso. O problema está na abordagem. Diria que mais de 90% das pessoas não se vê nesse papel. Acha desagradável.

Já me deparei com muitos executivos de vendas que “detestam” fazer abordagens frias (no máximo podem enviar um e-mail ou outro) ou realmente não tem tempo para fazer o volume necessário.

Por outro lado, já vi também, advogados, arquitetos, nutricionistas recém formados, designers, industriais sexagenários desempenharem esse papel com maestria e colocarem para dentro de casa os clientes que precisam para manter as luzes acesas.

Sim, meu caro amigo. Sem clientes, a música para, o baile acaba e todo mundo vai embora para casa.

Clientes são a base..

Abaixo do céu e da sua fé, estão os clientes.

“Mas eu sou empregado”. Se sua empresa fica sem clientes, você fica sem emprego.

“Mas e o amor e família?” São importantíssimos. Agora quer ver prover atenção, carinho, proteção e alimento à mesa, sem dinheiro?

Portanto, clientes são a base.

E para termos clientes precisamos de uma postura prospectiva permanente.

“Ah mas e o inbound marketing? O marketing digital e as novas ferramentas?”

São importantes, mas não aliviam a pressão, pelo contrário.

Pense assim: Tudo que está disponível no mercado (inclusive para os seus concorrentes) não é uma vantagem competitiva. Agora, seus ativos internos, suas crenças e atitude, esses sim. Esses podem ser considerados ativos de alavancagem de sua posição no mercado.

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Stavros Frangoulidis
 

Stavros é o fundador da PaP Solutions, professor da cadeira de "Prospecção de Clientes" da ABEMD e um dos idealizadores do The Client Door. Seu foco está no conhecimento prático - trazendo o par tecnologia+marketing a serviço de uma excelente gestão de vendas com foco em captação e fidelização de clientes.

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