Medo do sucesso
Certeza que você já pensou que possa estar se sabotando.
Há algumas crenças sociais que fazer sucesso criará inveja nos outros e que isso é indesejável, portanto vamos ficar no limbo para pelo menos nos igualarmos aos outros e sermos aceitos, pois “nós também teremos nosso dia a dia de lutas e dramas para contar”.
É verdade que o sucesso incomoda. Desperta inveja.
Pode ser que seu sucesso seja nos estudos, no emprego, no amor, no dinheiro, na família unida, enfim… Se você alardear sua felicidade, será invejado(a) dentro e fora da sua casa.
Quero me ater ao sucesso financeiro.
Ter dinheiro e ostentar agride à maioria, principalmente aqui no Brasil.
A ostentação é fruto do recalque. Mas muitas pessoas confundem o sucesso com a ostentação.
Então nas bifurcações da vida, onde reais oportunidades de crescimento descortinam-se, muitas pessoas dão um jeito para bloquear esses caminhos.
Sabem, mesmo que subconscientemente, que ao subirem na vida, serão invejadas.
Então preferem ficar no quartinho da mediocridade, para fazer parte da comunidade.
Agora vamos dar uma pausa.
Imagine seu filho chegando a você com um planejamento para estudar lá fora, com todos os detalhes no papel, possibilidades de faculdades, de emprego, onde morar e no final tem um pedido de ajuda, digamos de 50 mil dólares que ele precisará para passar o primeiro ano, até se estabelecer com um emprego viável e que remunere o mínimo.
E ele te diz:
Pai, então, você acha que consegue me ajudar a realizar esse projeto?
Outro cenário.
Sua mãe, já idosa, precisa de um tratamento mais caro, que o plano não cobre, com cuidados continuados, atenção e monitoramento. Tamanho da fatura: R$ 23 mi mensais.
A família se reúne, ninguém tem condições e é hora de você falar com sua mãe o que será feito.
Você dirá a ela:
Olha mãe, seu filho, teve medo de enfiar a cara no mundo, de aceitar riscos e realmente galgar o sucesso porque ficou com receio de ser invejado.
Ou no outro cenário acima, você dizer:
Sabe filho, o papai ficou com medo de crescer na vida, teve receio de incomodar os outros e agora não tenho condições de bancar nada. Mal mal posso pagar o plano de saúde.
Ninguém quer esses cenários não é mesmo?
Então vamos considerar o seguinte.
Pausa para você realmente considerar o que te falarei agora.
Você nasceu para vencer. Você nasceu para prover todos os recursos que sua família demanda. Você veio com todos os recursos necessários para alcançar o que deseja.
Essa é boa notícia.
A melhor ainda é: Muita gente vai se incomodar com seu sucesso.
Expurgue-as.
Seja lá quem for. Expurgue-as. Somente mantenha em seu raio de ação quem realmente importa.
No meu caso: Deus, minha família, meus amigos, meus parceiros/fornecedores, meus clientes, meus prospects.
O resto é sumariamente ignorado.
Redes sociais, falação, comentários, likes, o que falaram, o que deixaram de falar, tudo isso é dispersão de seu foco.
Elimine completamente da sua cidade mental o seguinte:
- Noticiários (Se há algo realmente importante acontecendo você saberá.).
- Pessoas que não agregam e só querem “mamar”.
- Todas as distrações nas redes sociais: Facebook, Instagram, Twitter
- Saia de todos os grupos de WhatsUp.
- Guarde na gaveta seu smartphone.
Esses eu chamo de pixadores da sua mente. Nada ali lhe será útil. Pelo contrário, somente irá te desfocar. São puras distrações.
Quer uma vantagem competitiva valiosíssima e que você desembolsa zero?
Recupere seu foco. Ao conseguir, você estará a uns 5 km a frente dos seus concorrentes (de mercado, na empresa, no esporte etc).
Enquanto seus concorrentes passam horas dedilhando no smartphone e dando refresh para ver se entrou um novo vídeo engraçadinho, você está planejando sua próxima campanha, seu próximo produto, você está estudando, você está criando, você está fazendo.
Aí seu medo do sucesso desaparece. Porque sua cabeça está limpa, sua cidade mental tem guardas. Você criou barreiras e esta invulnerabilidade vai garantir que seus melhores cidadãos mentais produzam com sossego, com ritmo.
Quero ser um pouco mais radical (agora você vai ficar bravo comigo).
Desligue as telas. Desligue o micro, o smartphone, o tablet, a TV.
Dedique seu tempo com pessoas no telefone, pessoalmente, nos livros estudando. Medite. Perceba-se.
A tecnologia é ótima, mas somente se souber usar. Hoje ela significa 90% de distração e fragmentação do raciocínio.
Então ligue o micro quando chegar na hora de produzir algo e delimite o tempo dedicado.
Algumas coisas irão acontecer:
- Você terá mais clareza das coisas.
- Produzirá muito mais.
- Enfrentará os problemas do dia a dia com mais serenidade.
- Terá muito menos stress.
Experimente 2 dias e me diga. Estarei aqui.
Vamos ver o exemplo de duas pessoas.
Pessoa A tem 35 anos, trabalha, tem família, tem saúde, é honesta e trabalhadora.
Pessoa B tem 35 anos, trabalha, tem família, tem saúde, é honesta e trabalhadora.
Passam-se 5 anos.
Pessoa A conseguiu conquistar seus objetivos e agora pensa em como contribuir com seus mais próximos.
Pessoa B não. Perdeu-se nos fragmentos e nas micro indulgências. Está na mesma. Nenhuma conquista. Apenas pequenos prazeres diários que não serão lembrados.
Qual é a diferença entre as duas? Você acha que foi algum aplicativo ou sacada nova que ela achou na internet?
A diferença está no foco.
Pessoa A não tem medo do sucesso e está disposta a dar de si o que for preciso, 100% de seu foco e energia para alcançar o que se propôs.
Pessoa B deixou a vida levar.
No filme “1492 – A Conquista do Paraíso”, ao final, Colombo, depois de sua segunda viagem, não teve imediatamente seu merecido reconhecimento pela corte, o que de fato ocorreu depois. Colombo encontra-se com um dos seus detratores, Sanches, e o diálogo assim se sucede:
Sanches: Você é um sonhador.
Colombo: Olha aí fora…Olhe… O que vê?
Sanches: Eu vejo torres, vejo palácios, vejo campanários, vejo civilização… e vejo pináculos que atingem o céu.
Colombo: Tudo criado por pessoas como eu. Não importa quanto tempo viva Sanches, há uma coisa que jamais mudará entre nós dois: Eu fiz, você não.
Nós dois, nós somos Colombo.
Somos da turma que faz, que realiza.