Nível de energia

Nível de energia.

Ele depende de quatro fatores.

  • Atitude mental
  • Alimentação
  • Sono
  • Exercícios físicos

Sempre ouvi e acreditei nisso.

Agora, o que é nível de energia? Nesse caso estamos tratando de disposição para fazer as coisas.

Atualmente, para maioria das coisas que precisamos fazer, não há necessidade de deslocamento e o requerimento de esforço físico é cada vez menor.

Portanto quando falamos em disposição, iremos forçosamente tratar de disposição mental.

É o que mais cansa. Sim, acredite. Pensar cansa.

O cérebro é o órgão que mais consome energia. Cerca de 20% de toda energia disponível para consumo no corpo vão para o cérebro mesmo este correspondendo a apenas 2% do peso corporal total.

Esse consumo acontece independentemente de como usamos nosso cérebro.

Não precisamos de estatísticas e teorias científicas para acreditar no cansaço mental que sentimos quando nos deparamos com situações estressantes ou mesmo onde precisamos passar muito tempo concentrados em algo.

Pois bem, até aí tudo ok.

Agora, da mesma forma que você deve vigiar o que entra pela sua boca, deve fazer o mesmo com o seu cérebro.

Falo da dieta mental.

Ela vai te levar a um novo patamar de nível de energia.

Assim como a dieta alimentar, há alguns dogmas que precisamos adotar para alicerçar o caminho a percorrer para alcançar esse novo nível.

Vamos a eles.

1. Fique longe do celular.

Elimine todos os apitos e avise seus mais próximos que se precisarem falar com você basta te ligar.

Há uma verdadeira epidemia mundial com o uso de celulares e os resultados são nefastos. Só não alardeiam por conta de dois fatores: A parte econômica – as operadoras e fabricantes estão entre os maiores anunciantes do planeta e a parte psicológica – usar o celular o tempo todo destrói sua capacidade de concentração. É o circo do século 21.

Essa epidemia já tem nome: Nomofobia (vem de “no-mobile fobia”).

A pessoa não consegue viver longe do aparelho e, quando isso ocorre, ela fica extremamente ansiosa e apresenta sintomas muitos similares aos dependentes psíquicos durante a abstinência.

Quando não está com o aparelho fica preocupado e ansioso em perder chamadas ou mensagens.

O resultado é que ficamos ocupados mexendo no celular, sem nenhuma contrapartida de aprendizado. É um circo 24x7x365 e estamos olhando para o picadeiro o tempo todo. A produtividade vai para o saco.

Isso atinge amigos e familiares que reclamam desse padrão da pessoa, que se irrita e fica cada vez mais dentro do circo. “Aqui ninguém reclama de mim.”

O dependente tem necessidade de manter o celular próximo o tempo todo. Precisa responder na hora as mensagens recebidas. Seu rendimento despenca em todas frentes. Seu nível de profundidade desaparece e pessoa vai murchando, sem perceber.

Há muitos institutos que estudam a nomofobia e clínicas de tratamento, inclusive no Brasil.

No meu caso, comecei minha auto cura, esse ano. Adotei como uma das minhas zonas de desconforto ficar sem o celular, deixar sem bateria, não atender às mensagens do whatsup (se for algo importante mesmo, as pessoas ligam) e sair sem o celular (prova final). Sair de casa e ficar 8 horas na rua sem um aparelho.

Ah e se acontece alguma coisa e você precisar se comunicar com alguém? Bem, tenho um aparelho reserva que deixei sem nenhum aplicativo, somente faz e recebe chamadas, como era antigamente. E tenho um papel na minha carteira com todos os telefones de emergência. Resolvido.

2. Desligue o computador (qualquer um deles) por 15 horas.

Você só pode usar qualquer coisa eletrônica por 9 horas durante o dia.

Por exemplo: Se você levanta às 7, ligue seus eletrônicos às 8hs e desligue-os às 17hs. Depois desse horário, somente livros e pessoas ao vivo e a cores.

“Ah mas blá blá blá.. ” Sim, desliga tudo e depois conte-me se seu cérebro agradeceu ou não?

Polemizando: Já tentou ter alguma conversa para valer com algum milenium (geração Y)? Conseguiu?

3. Entre na zona de desconforto físico.

Pode ser um aeróbico, uma musculação, um período em jejum, algo que coloque você no controle do seu corpo. Ele pede para você parar de correr e você continua. Ele pede por pão com mussarela e você toma água mineral.

É uma zona militarizada onde você deve guardar com unhas e dentes os portais da disciplina, pois se abrir uma pequena fresta, já era. Seus demônios indisciplinados invadem sua mente e essa baixa na guarda irá acabar com sua força de vontade.

4. Module.

Vou exemplificar.

Em operações de vendas você encontrará o pacote “mimimi”.

Pode ser que você precise escoar 100t. de aço da Coréia do Sul, ou pode ser que sua missão seja vender 10 garrafas de água mineral por dia.

Independentemente do que seja, o esforço de vendas gera 2 substratos que podem tomar sua pauta diária:

1. A dificuldade de encontrar as pessoas certas para oferecer o produto e
2. A dificuldade de lidar com as pessoas e empresas que não querem/precisam do que você vende.

Então em qualquer operação comercial que você lidar, você receberá dois pacotes em cima da mesa. O pacote “Não consigo falar com as pessoas, os telefones estão errados, ninguém atende…” e o pacote “As empresas e pessoas não tem dinheiro, Brasil está em crise, ninguém responde aos mes e-mails, nosso produto é caro…”

Eu chamo esse pacotes de Módulos Mimimi. Assim que você se deparar com esse módulo, faz cara de solidariedade (afinal é um ser humano que está reclamando, inclusive podendo ser você mesmo, se queixando) e depois que acabar a sessão desabafo, retome a cobrança como se nada estivesse acontecendo. Nunca entre nessa discussão. Se abrir uma brecha, já era. Você se verá abraçadinho com sua equipe ou sócio(a) afundando no mar das lamentações e dívidas.

Então esse é um pensamento modular. Você o obtém após décadas praticando seu ofício.

Module conversas, processos, situações, aprendizados. Crie mini pacotes, enfie neles as situações mais corriqueiras e coloque em uma linha de produção que resulte no menor desgaste mental possível. Essa é a nossa natureza. Com o tempo, modulamos tudo. Mas o que falo aqui é você acelerar esse processo. Assim que identificar um padrão, module seu pensamento de forma que haja o menor dispêndio energético.

—–

Bem, há outras “leis” que resguardarão sua energia mental como ficar longe de vampiros emocionais, não ligar o noticiário que passam na grande mídia etc.

Mas o que te passei acima é o principal, pelo menos por ora.

Eu devo estar, de zero a dez, no nível 6. Ruim? Sim, mas considerando que estava no nível 2 de energia há alguns anos, está bom. E estou na caminhada.

Você sentirá rapidamente que alcançou outro patamar.

Poderá se concentrar mais em uma leitura.

Não esquecerá as coisas.

Terá mais paciência com as pessoas e reagirá melhor às diversas situações do dia a dia.

E principalmente ampliará sua capacidade de aprender e aplicar melhorias na sua vida.

Aplique e veja seu cérebro com energia suficiente para… criar novos problemas!

Sim, esse é um dos maiores desafios que nossa cultura impõe: Quando tudo está maravilhoso, damos um jeito de maquinar problemas em nossa mente.

Estou desconfiado que não tem jeito mesmo.. rsrs.

Bem, mas se seus problemas forem de vendas e falta de clientes, isso tem solução e posso te ajudar a resolvê-los.

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Stavros Frangoulidis
 

Stavros é o fundador da PaP Solutions, professor da cadeira de "Prospecção de Clientes" da ABEMD e um dos idealizadores do The Client Door. Seu foco está no conhecimento prático - trazendo o par tecnologia+marketing a serviço de uma excelente gestão de vendas com foco em captação e fidelização de clientes.

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